sexta-feira, 5 de março de 2010

Lugar sem nome


"Eu grito a minha dor, a minha dor imensa! Esta saudade enorme, esta saudade imensa" (Florbela Espanca)


Assentado num lugar sem nome,
A queda é Dante!
A saudade acerta a vida inteira,
O olhar errante.

E as ilusões impublicáveis da minha mente
Não foram cuspidas boca afora;
São tantas entradas quando me abres a porta de repente
Mas meu tempo demente é todo teu sempre e agora.

Aquece, talvez em todo outono verão que
Sem ti há só inverno cá dentro em todo lado.
As folhas grudadas na mente e no meu corpo são,
Nostalgias aladas ferindo um Prometeu calado.

Ah! Poesia que lá numa flor lançou meu coração,
Impetuosa sussurrou: “Vá buscar, bicho homem!”
Ficou lá pra onde meus sons e silêncios entoados são
Nas pétalas pra onde meus versos escorrem e se escondem.

AlexSandroBambiL

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