Quando acordei ela
não estava aqui.
Morana partiu da
mesma forma que chegou: soturna, sem aviso, sem cerimônia.
Com ela se foi a
prostração da alma.
Levou consigo horas
de mortificação, de desalento, horas a fio que não terei volta.
Levou sua amiga de
gadanha em punho.
Olho para a tela
preta e não a encontro.
Procuro na gaveta
desarrumada e ali o reflexo da desordem desses dias.
Aslan me retoma, me
arruma a bússola, os planos engavetados têm novamente cheiro de
novo.
Na porta, retrato,
duas flores que cintilam esperança, dois doces de se tirar o amargo.
Café da manhã com
gosto de comida, sou inteiro outra vez, faça da espera, caminhada,
outra vez.
Descanso com
recompensa.
Vida a cada toque do
sol.
É no sorriso de
duas flores que a vida vibra pisando duro no chão, o que tenho é
raro!