terça-feira, 23 de março de 2010

Chuva de Outono




"Volto a casa. Que tristeza! Inda é maior minha dor… Vem depressa. A natureza só fala de ti, amor!" (Florbela Espanca)


Agora a chuva umedece as paredes pintadas,
O tempo é linear, minhas letras e canções caladas,
Estalam nesse vento que entra gelada infelicidade
E racham a pele seca de saudade.

Acalenta-me flor! Antes de meu sorriso findar.
Posso sem asas em teu céu púrpura voar...
Anjo! Suspiro teus olhos diamante,
Teu sorrir é a liberdade de uma vida ofegante.

Canções que te tocam me chamam,
Choram, calejam, os dedos inflamam.
Cortante vento de assovio fino,
Frio, mesa, café e cappuccino.

Lágrimas empilhadas sem sincronia,
Hirto, antes prefiro a hipotermia
Do que sufocar o sofrer!
Por ti vivo tantas vezes for, pra de saudade morrer.
(AlexSandroBambiL)

Um comentário:

Marina Mattos disse...

Alex, homem de espíríto.