“Versos tristes são aqueles quando tento escrever
sobre tentar escrever vesos.”
(Alex Sandro Bambil de Lima)
Urutau no canto torto,
Canhestro alado no canto desafinado;
Inerte, sombrio, absorto,
Amuado sob o tronco lascado.
Larga vez em vez esta voz...
Você não tem asas,
Expulsa esta lira atroz
Que cora a tez com rimas rasas.
Admiração e espanto solfejam seu canto noturno
É um pranto quando vê a estrela brilhar,
No trovão que esconde seu canto taciturno
Na chuva se lança no fel da lembrança de quem não está.
Canta assim para si mesmo,
Mesmo que seja a esmo,
Um verso tosco numa nota menor qualquer,
Na tempestade se desfazia sua epifania de mulher.
2 comentários:
"Û" Urutau em rara apresentação tanto pela fotografia, quanto mais pela canção.
Um que se para muitos não gorjeia, outros poucos, como o eu-lírico, em sua simploria lucubrez se deleita.
E eu também, eterno adimirador da camuflagem de sua raça, desejo também esconder-me de inóspito ambiente, mas sem confundir-me com as escabioses do meio, mas mimetizar certas letras de um certo poeta certo, o qual cada vez mais admiro!
Urutemo-nos et de ne jamais être perdants!!!
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