sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Flores e Horrores




Ponta de caneta fere a pétala que era flor,
Planta rubra com sangue de espinho e dor.
Ver com languidez no olhar o céu toldar,
Todo cinza chumbo num segundo encharcar.

Vendaval envolve veias em vão,
Capcioso vento revolve poeira.
E a voz se vai sem canção,
Sorrindo na ironia ligeira.

Friamente frio foge do fogo;
E o inverno é tão bom quando escurece de novo.
Silêncio acalma devagar e a alma divaga,
É como vinho: é doce, mas embriaga.

Ponteiros vagarosos enferrujados,
Em ferros afiados desafia.
Música e momentos, pensamentos alados.
Dos horrores, de todas as cores flores faria.



(Alex Sandro Bambil de Lima)

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