Calmaria de se assentar na calçada,
Para ouvir o farfalhar dos ramos, som de vento e mais nada
Aquela calma quando se dorme com o longínquo som de trovão.
A silhueta das árvores revelando-se em segundos de clarão.
A paz de chuva lambendo os trilhos
Asas atravessando morros fugindo
Aquele cheiro de tempestade rugindo,
Abrigo de andarilhos.
Farpas e madeiras rangendo
Gretas, raízes e cochos encharcados
Som surdo de juriti gemendo.
Atravessa cercas e arames farpados.
Tudo mais verde que outrora, truque de nuvem
Quando tudo baço, onde as aves moram agora?
No espaço desaparecem, somem, escondem?
O azul, as sementes, as aves, a estrela... Aonde agora?
AlexSandroBambiL
Um comentário:
Nada como uma boa chuva para acalentar nossos corpos recequidos do tempo seco e implacavel, posto em poesia fica ainda mais belo esse espetaculo divino. Parabens.
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