sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Chuva de vento



Calmaria de se assentar na calçada,
Para ouvir o farfalhar dos ramos, som de vento e mais nada
Aquela calma quando se dorme com o longínquo som de trovão.
A silhueta das árvores revelando-se em segundos de clarão.

A paz de chuva lambendo os trilhos
Asas atravessando morros fugindo
Aquele cheiro de tempestade rugindo,
Abrigo de andarilhos.

Farpas e madeiras rangendo
Gretas, raízes e cochos encharcados
Som surdo de juriti gemendo.
Atravessa cercas e arames farpados.

Tudo mais verde que outrora, truque de nuvem
Quando tudo baço, onde as aves moram agora?
No espaço desaparecem, somem, escondem?
O azul, as sementes, as aves, a estrela... Aonde agora?

AlexSandroBambiL

Um comentário:

Eric disse...

Nada como uma boa chuva para acalentar nossos corpos recequidos do tempo seco e implacavel, posto em poesia fica ainda mais belo esse espetaculo divino. Parabens.