terça-feira, 11 de maio de 2010

Arabesco de fumaça de café





Vento no canto da telha,
Um banco vazio.
Poesia em pétala espelha,
Meu café frio.

Quero o frio como blusa,
Esbranquiçar a pele,
O calor que se recusa
A primavera que se expele.

Tenho o estrondo da porta
A folha morta
O violão num canto
A árvore em pranto.

Som de jardim...
Em vendavais flores de primavera viram seu fim,
Testemunhas das estrelas,
Rosas vermelhas,

Vieram rosas no frio,
Ainda canção, ainda poesia invade
Asa da minha saudade,
Rubras, pequenas, no outono vazio.

O café, a fumaça,
O sorriso, tua graça,
Abraço invisível,
Palavras querendo o indizível.

Inverno passado preciso
Tinha um café quente,
Um vento veemente,
Eu tinha um sorriso.

(AlexSandroBambiL)

2 comentários:

SOL disse...

quando eu crescer, quero ser igual a você...

Marina Mattos disse...

adoro essa!!!