quinta-feira, 11 de abril de 2019

Respiral

Hoje sentia no estômago o que não era amor
Nem lirismos
Era uma ânsia
Dessas de ódio
Dessas de saudade
Não de ausência
Não da falta
Dessa de não ser nada tentando ser eu.
Perdido nessas setas
Nessas placas
Sim, tinha o que eu já previa.
O que era errado
O que estava certo
O que erra procura culpado
O que era procurado não estava errado
Mas não foi encontrado na sua vida nova
Nem na minha vida torta
Quanta estupidez!
Quanto sal!
Novidade nenhuma
Nos móveis cheirando madeira velha
As cores na tua estante continuam as mesmas
Fui só eu
Fui eu só
Em espiral
Em suspiro e tal
Em piegas fumaça
Saio sem fim nem final
Palmas!
Eu arranco do peito com cuidado
Pra não rasgar mais
Pra sangrar menos
Pra morrer por último.

ASB

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