domingo, 13 de março de 2011

Desordenado

"Quem se atira ou tira o corpo fora? Quem se dispara, não se dissipa." (Nô Stopa)


Levou meu guarda-chuva.
Eu quero o escudo no peito de novo!
Me sobra o sangue seco esparramado,
Sorriso forçado sobre sonhos silenciados, 
espirrado, rastro gotejado...
Fizeste um temporal que me soprou cinzas...
Conheço de há tempos aquelas flores, 
aquela floresta, aquela estrela.
Vou viver na prateleira, esperando a validade acabar.
Dialogamos no silêncio.
E faço o que agora?
A flor amarela
As estações
O pendão das flores
O cacho amarelo das lembranças
Felicidade contada em grãos de ampulheta, minhas tolices, e não há mais nada de diferente quando atravesso o umbral da porta.

AlexSandroBambiL

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